Após várias discussões filosóficas, alucinógenas e espirituais – espirituais, devido a química, é claro! – acho que enfim compreendemos a ideia do que é o verdadeiro rock brasileiro.
A ideia inicial de renegar o que tem-se como indiscutívelmente rock nacional, tal como o sonho vindo de ”Os Mutantes” ou mesmo com o que é hoje é tido como “a década do rock” no Brasil, o que gostamos de chamar de “roquizinho dos anos 80”, pode ser difícil de aceitar, mas pelo nosso entendimento isso não é rock brasileiro.
Consideramos como o que há de melhor em termos de rock brasileiro “Os Novos Baianos”. Você pode me perguntar porque?
A resposta, o som é autêntico, é brasileiro, é de atitude, é ideologia, cultural, original, é expressão artística e também é rock. Ouvimos suas músicas e não nos remete a algum som ou uma estética pronta, estáticas em geral vinda de fora, importadas. Encontramos nesse som influências do rock e do samba, até mesmo baião, ultrapassando a invisível barreira cultural que na verdade não deveria existir, restringindo as posibilidades de criação para com junção dessas vertentes musicais. Vemos sim a fusão delas para algo completo, singular. Ao apreciarmos este tipo de som temos certeza de que há identidade brasileira, como ocorreu com a “bossa nova” anos antes, onde o mundo nos promoveu a jazz, extrapolando nossas fronteiras. Assim é “Os Novos Baianos”, rock e samba igual a rock brasileiro.
PS: Para que compreendeu, ou quer saber mais, veja o vídeo indiaco abaixo. Compare com os mesmos critérios apresentados a banda Planet Hemp, pois ela também representa uma vanguarda musical genuinamente brasileira, bem como tente usar essa comparação para as bandas brasileiras que você gosta, então comente nos mostrando outros nomes.
Giorgia de Oliveira Moreira e Vinicius Nesi.
Joinville, janeiro de 2011.
Ao som de “Os Novos Baianos”, com alguns entorpecentes.
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