terça-feira, 26 de abril de 2011

O Pseudo-Sexualismo

Poderão dizer que o tema objeto de meu texto de hoje seja polêmico, mas acredito que não é mais polêmico do que muitos outros já tratados neste blog; no entanto admito que sobre este tema, não tenho tanto conhecimento quanto os demais. Com isso não quero dizer que eu seja um especialista em todos os outros assuntos tratados aqui, muito pelo contrário; o que proponho e sempre propus, mesmo que não abertamente até agora, é seguir uma tradição de textos livres, de opinião e intuição, sem deixar de serem filosóficos, por mais que tenham baixa propriedade técnica, a qual sigo com grande admiração – mas, é claro, lembrando a ressalva válida a qualidade literária – a Bertrand Russell. Prometo que em postagens posteriores trarei de explicar melhor esta tradição, da qual, livremente e de forma abusada tento fazer parte.

Quero mais uma vez reforçar minha incapacidade de referenciar tecnicamente o texto a seguir, portanto buscarei ser mais sucinto e direto que outros já escritos.
Pois bem.
“O que tratarei é da sexualidade. Ou será da opção sexual? Não sei.”
Usei esta frase de introdução para mostrar minha ignorância, no entanto pretendo acabar sendo claro em minha opinião. E minha opinião é a seguinte: parece-me que a questão de opção sexual, ou melhor, a necessidade de escolhermos uma opção entre tantas, é algo ridículo e não aplicável a vida saudável. Para ser mais claro: heterossexualismo, homossexualismo, bissexualismo, transexualismo, e tantas outras opções (serão mesmo opções?) mais obscuras, mas não menos relevantes, para mim apresentam-se como brutalidades a nossa liberdade sexual e frutos de uma tradição discriminatória que mesmo com movimentos modernos de tolerância acabam mantendo-se em voga.

O objeto aqui é: porque simplesmente não tratamos nossas diferenças (ou serão igualdades?), mesmo que ocultas, apenas por sexualidade? Quero dizer que o ser humano não é levado de modo inato a definição por uma das formas supracitadas. Bem como, numa visão existencialista, torna-se muito mais claro a não necessidade de taxação aos moldes atuais.
Minha opinião é a de que sejamos todos “sexuáveis”, não limitando-nos a clichês e padrões pré-estabelecidos. Acredito que quanto mais livres tornemo-nos, mais feliz seremos neste pequeno, mas importante fator de nossas vidas, a chamada vida sexual.

Cristãos e outros religiosos me tratarão com repulsa, bem como alguns cientistas dogmáticos, mas parece-me claro que enquanto ainda entenda que nossa vida é formada por nós mesmo e o que é inato limita-se em especial ao físico, não ao psíquico, a formação de nossas experiências deve estar aberta, sempre é claro, com a devida responsabilidade para conosco e com o engajamento proposta à humanidade. Portanto discursos tradicionalistas e limitadores embasados em crenças não comprovadas, ou ao menos com justificativas fracas, como no caso da ciência dogmática, devem ser deixados de lado, em prol de nós mesmos e de uma provável e possível feliz mudança sócio-comportamental.

3 comentários:

  1. Vou direto ao ponto.
    Opção sexual é social. Ou seja, quem define a nossa sexualidade é a sociedade.
    Freud diz que os seres humanos são bissexuais até a adolescência. (Vou pesquisar o que acontece depois). Partindo desse princípio, é que cheguei a conclusão inicial.
    Nossas escolhas e nossas atitudes são interferidas por aquilo que a sociedade configura: homem gosta de mulher e mulher gosta de homem. Esse é um padrão social, que nem sempre foi assim e que não é assim em todos os lugares e que pode mudar.
    A sexualidade humana é tão sensível, tão instintiva e tão natural, no meu ponto de vista, que podemos sentir prazer sozinhos, com objetos, com animais, contra nossa vontade, enfim, o prazer sexual é natural. Então porque não sentir prazer com uma pessoa do mesmo sexo?
    O que está em jogo nesse caso é o prazer, para deixar claro, já o amor é uma outra questão, não querendo dizer que não podemos amar uma pessoa do mesmo sexo, pelo contrário, isso é extremamente natural, bem como gozar com ela.
    Enfim, cada um deve agir da forma que lhe convém, desde que respeite as pessoas e que o principio de tudo seja o amor. Quando o amor está em jogo e quando é feito pelo e para o amor, vale tudo.

    Gostaria de saber do autor do texto o que lhe motivou a escrever sobre isso?

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  2. Na verdade está concepção se sexualidade, que acredito que você já conhecia que eu tinha, foi objeto de uma discussão com uma garota homossexual. Ao apresentar meu argumento ela se sentiu sensibilizada. E isso me motivou a escrever sobre o assunto.

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  3. Mas você concorda com o meu escrito e minha opinião?

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