terça-feira, 12 de outubro de 2010

Co-piloto e Navegador - Parte 2

Segue um texto que escrevi quando comecei a ler "O Anticrsito" de Nietzsche:

Nunca li nenhum livro do Nietsche, somente artigos, breves biografias e fiz alguns estudos acadêmicos sobre ele. Mesmo com esse pouco conhecimento já o admirava como nenhum outro, ou pelo menos, tanto quanto Sartre. Nesses estudos, sempre considerei sua temática muito pertinente aos problemas contemporâneos, em especial a moral. Seu super-homem me parece uma antecipação e uma personificação da liberdade pregada por Sartre. A liberdade que considero uma das maiores contribuições práticas da filosofia ao homem, senão a maior. Uma pena que não é aplicada como deveria.
Por algum motivo, um erro fez parte de meu aprendizado sobre Nietzsche. Este super-homem, conforme me foi apresentado ou conforme foi à maneira que compreendi, era, para Nietzsche, algo impossível de ser alcançado. Agora que estou lendo pela primeira vez um livro de Nietsche – “O Anticristo - Maldição contra o cristianismo” – entendi que o super-homem já existe, podendo ser encontrado, conforme nosso filósofo cita, em gerações, tribos e povos inteiros. Este aprendizado me fez admira-lo ainda mais e da mesma forma o aproximou de Sartre. Não entendia como um homem que parecia viver a liberdade de Sartre poderia negá-la. E não consigo entender, agora ainda mais, como alguns separam de forma tão intensa a filosofia de Sartre e Nietzsche. Estes gênios modernos devem ser sempre lembrados, Nietzsche principalmente por sua contribuição a identificação dos males da moral e Sartre por provar tecnicamente o quanto é possível viver livre desta moral tornando-se o super-homem pregado pelo primeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário